“MARCOS”: Os bastidores de uma ‘operação-resposta’ à morte de um policial na Paraíba

A informação chegou pelos aplicativos de celular. Em poucos minutos, as delegacias de Polícia Civil polarizadas por Campina Grande reuniam seus policiais. Quem estava de folga não se conteve diante de tamanha covardia e se prontificou a ajudar. Já passava das 20h. De Campina a Arara, local do crime, as lanternas e giroflex de mais de 30 viaturas desenhavam o imenso cordão vermelho na escuridão dos mais de 50 quilômetros que separam as duas cidades.

Marcos Rosa, 60 anos de idade, policial civil que não se conformava com a banalização do crime naquele município – o que hoje é visto como ‘normal’ na nossa sociedade –, foi alvejado covardemente, à traição, no Centro de Arara. Os suspeitos, inclusive, já haviam “mandado o recado” de que matariam Marcos. Cumpriram o que prometeram.

Os mais de 80 policiais civis dispostos a prender os assassinos ainda naquela noite somaram forças com a Polícia Militar em Arara. Agora já são mais de cem homens e mulheres na caça aos criminosos.

Após a análise do confronto de informações, veio ‘o confronto’. A PC cercou três casas no município vizinho de Cacimba de Dentro, onde a investigação descobriu estarem os suspeitos, e deu a ordem para a rendição. Um dos componentes do grupo preferiu medir forças com uma arma em punho e teve a resposta mais eficiente a ser dada naquelas circunstâncias. Mera opção de quem não quis se render...

Resultado da operação: nove suspeitos presos; um morto; quatro armas apreendidas. E, claro, a satisfação de mais de cem homens e mulheres pela missão cumprida, apesar do luto que desde então encobre a Polícia Civil da Paraíba.

“RECADO DADO”

O delegado geral de Polícia Civil, João Alves, emitiu uma nota afirmando que “nenhuma afronta a policiais civis da Paraíba será admitida e terá sempre a mesma resposta, imediata e baseada na legalidade”.

O reflexo vermelho nos olhos daqueles policiais civis, reluzindo a extensa fileira rubro de carros cortando a vegetação noturna, fervia o sangue nas veias de quem dá a vida pela sociedade (além das saudades de Marco, ficam por aqui esposa e filhos seus. Um deles ‘especial’...). O recado está dado. Quem quiser medir forças com a polícia, se apresente. Mas saiba que será por mera opção.

Fonte: paraibaemqap

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